ADUFRGS repudia as lamentáveis declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o desaparecimento de Fernando Santa Cruz.
Foto/montagem: Revista Fórum
A ADUFRGS-Sindical vem a público repudiar as lamentáveis declarações do presidente Jair Bolsonaro sobre o desaparecimento de Fernando Santa Cruz, estudante detido pelos órgãos de repressão em 22 de fevereiro de 1974, e também se solidariza com a luta empreendida por seu filho, o atual presidente da Ordem dos Advogados do Brasil, Felipe Santa Cruz, na busca de esclarecimentos. Ao contrário do que afirma o presidente, a morte de Santa Cruz é atribuída a agentes do Destacamento de Operações de Informação - Centro de Operações de Defesa Interna (DOI-CODI). Na semana passada, o próprio governo de Bolsonaro, por meio da Comissão de Mortos e Desaparecidos do Ministério dos Direitos Humanos, atestou que o então estudante de Direito "faleceu provavelmente no dia 23 de fevereiro de 1974, no Rio de Janeiro/RJ, em razão de morte não natural, violenta, causada pelo Estado brasileiro, no contexto da perseguição sistemática e generalizada à população identificada como opositora política ao regime ditatorial de 1964 a 1985".
A ADUFRGS-Sindical aproveita para reiterar seu compromisso com a democracia, a verdade e a justiça, e refuta, veementemente, todas as práticas que atentem contra a liberdade, notadamente aquelas praticadas em regimes de exceção ou que afrontem os direitos assegurados em nossa ordem constitucional.